Data: 17/04/2008
Local: Citibank Hall – Rio de Janeiro/RJ
Texto por Wesley Rodrigues
Fotos por André Gil, menos fotos das palhetas por Thomas Sabino
Fotos adicionais por Célio Azevedo podem ser conferidas aqui
Confesso que fui ao Citibank bem cético, achando que esses shows seriam um tanto dispensáveis. Com a mesma arrogância, meus amigos não pensavam diferente. Nos deslocamos até a Barra animados apenas pelo bom preço dos ingressos e pelo peso do passado de ambas as bandas, já que o presente delas está longe de ter o mesmo brilho. Felizmente, nossas expectativas foram em muito superadas.
A abertura ficou por conta do Gamma Ray. O meu ânimo começou a mudar quando adentrou o palco ele, a entidade-mor do heavy alemão, o Exú do melódico, um dos gênios do metal, Sr. Kai Hansen. O legado e a importância dessa figura fazem a maior diferença e já a partir da primeira música eu, vendo o homem ali há tão poucos metros, soube que aquele show prometeria. Abriram com Into the Storm do novo álbum. Emendaram com a antiga Heaven Can Wait e depois New World Order. Os alemães e o público perceberam logo cedo que o jogo estava ganho.
Com um sorriso que não saía da cara, giros, pulos, chute pro ar, Hansen pareceu realmente estar curtindo muito. Também pudera: a platéia estava muito animada. Todos foram obedientes aos pedidos de palmas do Zimmermann, aos iê-ohs do vocalista e etc.. Um grande momento de interação com o público foi em Heavy Metal Universe, onde a banda pede para a direita, o centro e a esquerda gritarem cada um a sua vez as três palavras da música.
O ponto alto do show foi mesmo a obra-prima do grupo, Rebellion in Dreamland. Infelizmente, eles cometeram a estúpidez de não a tocarem na íntegra. Ride the Sky com seu riff meio thrash foi a única do Helloween. Fecharam com Somewhere out in Space e Send me a Sign.
Acho que o set-list poderia ter sido melhor mas quanto a isso não há muito o que reclamar. O grande problema do show foi mesmo o som que não estava lá 100%. Mas não foi nada que tenha atrapalhado essa bela perfomance. Tão boa que ao final estava eu lá louco para ver se arrumava uma das palhetas que o baixista Dirk Schlachter estava distribuindo generosamente para os fãs. Só o meu amigo Thomaz teve a sorte de conseguir uma (ver fotos).
O Gamma Ray já tinha valido o ingresso mas o que veio em seguida o superou. Sim, o show do Helloween foi melhor. Mais felizes no repertório, os caras atacaram logo de Halloween (grande escolha!), Sole Survivor (uma das melhores da fase Deris) e March of Time.
O som estava melhor neste show. A única coisa que incomodava levemente era que o volume das guitarras aumentava muito na hora dos solos (isso também aconteceu no Gamma Ray).
A primeira do disco novo foi As Long as I Fall, bem recebida pelo público. Mas nada se compara à hora em que eles anunciaram Eagle Fly Free. É um fenômeno o que acontece quando tocam essa música: as pessoas correm para mais perto do palco, pulam, abrem os braços e simulam um vôo, fecham os olhos, cantam com emoção e choram, além das tradicionais air guitars e bangeadas. Uns até se disporam a pogar mas isso não funcionou muito, é óbvio. Roda em show de melódico só se for de RPG. Enfim, a platéia foi um espetáculo à parte. O pessoal ficou animado até com o solo de bateria.
Outra da fase Kiske que foi recebida com euforia é Dr. Stein, com grande performance do Andi Deris. Tá certo que o cara não chega aos pés do vocalista substituído mas quem disse que voz é tudo que um frontman precisa? Não existe o Ozzy Osbourne, Dave Mustaine, Axl Rose e outros para nos provar o contrário? O fato é que Andi Deris arrebentou, segurou as pontas nas músicas antigas (não sem muita dificuldade) e deu show à parte com todo o gesticulár que lhe é próprio.
Para encerrar, um medley fantástico, uma chuva de canções marcantes: I Can, Where the Rain Grows, Perfect Gentleman, Power e Keeper of the Seven Keys. Cada uma dessas músicas mereceria ser tocada na íntegra.
Mas o melhor ainda estava por vir: Hansen, Dirk e Henjo voltaram ao palco para executarem junto com o Helloween duas músicas: Future World e I Want Out no maior clima de festa e confraternização, rolando vários abraços entre os músicos no final. É essa jam que tem tornado essa turnê tão especial. Desnecessário dizer o que aquilo significou para os presentes ali.
Enfim, um show especial de duas bandas de importância na história do Heavy Metal, em especial do melódico, estilo que é talvez o mais detratado dentro da cena.
Local: Citibank Hall – Rio de Janeiro/RJ
Texto por Wesley Rodrigues
Fotos por André Gil, menos fotos das palhetas por Thomas Sabino
Fotos adicionais por Célio Azevedo podem ser conferidas aqui
Confesso que fui ao Citibank bem cético, achando que esses shows seriam um tanto dispensáveis. Com a mesma arrogância, meus amigos não pensavam diferente. Nos deslocamos até a Barra animados apenas pelo bom preço dos ingressos e pelo peso do passado de ambas as bandas, já que o presente delas está longe de ter o mesmo brilho. Felizmente, nossas expectativas foram em muito superadas.
A abertura ficou por conta do Gamma Ray. O meu ânimo começou a mudar quando adentrou o palco ele, a entidade-mor do heavy alemão, o Exú do melódico, um dos gênios do metal, Sr. Kai Hansen. O legado e a importância dessa figura fazem a maior diferença e já a partir da primeira música eu, vendo o homem ali há tão poucos metros, soube que aquele show prometeria. Abriram com Into the Storm do novo álbum. Emendaram com a antiga Heaven Can Wait e depois New World Order. Os alemães e o público perceberam logo cedo que o jogo estava ganho.
Com um sorriso que não saía da cara, giros, pulos, chute pro ar, Hansen pareceu realmente estar curtindo muito. Também pudera: a platéia estava muito animada. Todos foram obedientes aos pedidos de palmas do Zimmermann, aos iê-ohs do vocalista e etc.. Um grande momento de interação com o público foi em Heavy Metal Universe, onde a banda pede para a direita, o centro e a esquerda gritarem cada um a sua vez as três palavras da música.
O ponto alto do show foi mesmo a obra-prima do grupo, Rebellion in Dreamland. Infelizmente, eles cometeram a estúpidez de não a tocarem na íntegra. Ride the Sky com seu riff meio thrash foi a única do Helloween. Fecharam com Somewhere out in Space e Send me a Sign.
Acho que o set-list poderia ter sido melhor mas quanto a isso não há muito o que reclamar. O grande problema do show foi mesmo o som que não estava lá 100%. Mas não foi nada que tenha atrapalhado essa bela perfomance. Tão boa que ao final estava eu lá louco para ver se arrumava uma das palhetas que o baixista Dirk Schlachter estava distribuindo generosamente para os fãs. Só o meu amigo Thomaz teve a sorte de conseguir uma (ver fotos).
O Gamma Ray já tinha valido o ingresso mas o que veio em seguida o superou. Sim, o show do Helloween foi melhor. Mais felizes no repertório, os caras atacaram logo de Halloween (grande escolha!), Sole Survivor (uma das melhores da fase Deris) e March of Time.
O som estava melhor neste show. A única coisa que incomodava levemente era que o volume das guitarras aumentava muito na hora dos solos (isso também aconteceu no Gamma Ray).
A primeira do disco novo foi As Long as I Fall, bem recebida pelo público. Mas nada se compara à hora em que eles anunciaram Eagle Fly Free. É um fenômeno o que acontece quando tocam essa música: as pessoas correm para mais perto do palco, pulam, abrem os braços e simulam um vôo, fecham os olhos, cantam com emoção e choram, além das tradicionais air guitars e bangeadas. Uns até se disporam a pogar mas isso não funcionou muito, é óbvio. Roda em show de melódico só se for de RPG. Enfim, a platéia foi um espetáculo à parte. O pessoal ficou animado até com o solo de bateria.
Outra da fase Kiske que foi recebida com euforia é Dr. Stein, com grande performance do Andi Deris. Tá certo que o cara não chega aos pés do vocalista substituído mas quem disse que voz é tudo que um frontman precisa? Não existe o Ozzy Osbourne, Dave Mustaine, Axl Rose e outros para nos provar o contrário? O fato é que Andi Deris arrebentou, segurou as pontas nas músicas antigas (não sem muita dificuldade) e deu show à parte com todo o gesticulár que lhe é próprio.
Para encerrar, um medley fantástico, uma chuva de canções marcantes: I Can, Where the Rain Grows, Perfect Gentleman, Power e Keeper of the Seven Keys. Cada uma dessas músicas mereceria ser tocada na íntegra.
Mas o melhor ainda estava por vir: Hansen, Dirk e Henjo voltaram ao palco para executarem junto com o Helloween duas músicas: Future World e I Want Out no maior clima de festa e confraternização, rolando vários abraços entre os músicos no final. É essa jam que tem tornado essa turnê tão especial. Desnecessário dizer o que aquilo significou para os presentes ali.
Enfim, um show especial de duas bandas de importância na história do Heavy Metal, em especial do melódico, estilo que é talvez o mais detratado dentro da cena.
Gamma Ray:
Helloween:
Gamma Ray e Helloween:
8 comentários:
" Roda em show de melódico só se for de RPG."
perfeito!!!! muito boa....
Valeu pela resenha! Essa é uma resenha de verdade, curta, objetiva e contendo tudo que é necessário. Nada mais.
Quando quiserem alguém para escrever sobre clínicas de geriatria, dores nas costas e como educar filhos, contem comigo...rsrsrs (que puta saudade de bangear até ficar com torcicolo no dia seguinte...)
Valeu Wesley!
Longa vida ao Rock!
Adriano Blanco
o wesley me surpreende nas resenhas , aliás, as resenhas desse blog são muito boas!
Este blog é ótimo. Esta resenha é muito boa. O show foi maravilhoso.
Resenha perfeita, foi isso mesmo!!!
Mas Ride The Sky, dava pra ter roda sim...
Conheço essas fotos...
hehehehehehehehe
Ótimo Wesley,
Bela resenha,
Só se esqueceu de creditar as minhas fotos que você utilizou em seu texto.
O nome certo é Célio Azevedo e algumas fotos são da minha máquina olympus c-2 zoom.
Estão em meu álbum do orkut as minhas fotos.
Ok, Wesley.
Tudo certo agora, problema corrigido. Bela resenha.
Abraços.
Show altamente memorável. Obrigada por me relembrar. *_*
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