Texto por Leonardo C. de Souza
Fotos por Caroline Lima Souza de Lucena e Wesley Rodrigues
Fotos por Caroline Lima Souza de Lucena e Wesley Rodrigues
Pelas barbas da minha patroa! Dr. Sin no Rio e ninguém sabia. Na verdade o que rolou foi um festival chamado Superbanda e o Dr. Sin fecharia o evento. Optamos por não resenhar o evento pois o perfil do mesmo é incompatível com nossa linha editorial. Vamos ao show.
Responda rápido : “O que você julga mais importante num show: ver a banda ou ouvir a banda?.” Bom se o caro detrator, “digo digo”, leitor optou pela primeira opção (essa foi de doer) sairia do espetáculo em questão frustrado pois foi virtualmente impossível enxergar o palco. Antes que você diga no mínimo esse cara é um tampinha (o que é absolutamente verdade), meus amigos apenas verticalmente mais favorecidos também não puderam ver nada. É, como diria uma grande pensadora e filósofa brasileira Narcisa Tamborideguy “Ai que absurdo!”. Simplesmente o palco estava quase na mesma altura do chão e novamente antecipando seus pensamentos (sim, sou o Yoda), eu não sou fresco e sei como são eventos underground e sei também que o finado Ballroom, bela casa de pequeno porte, o palco também era rasteiro, porém o lugar era dotado de pisos superiores, o que possibilitava a quem estivesse interessada ver o palco (se é que alguém com plenas faculdades mentais e não sendo deficiente visual pagaria apenas para ouvir uma banda tocar, o que eu não duvido). Obviamente o saldo não poderia ser diferente. Teve nego caindo por estar em pé na cadeira,nego que não viu o show, nego se espremendo tentando ver o palco, enfim, lamentável. Lamentável e inaceitável uma banda do porte do Dr. Sin tocar nestas condições, isso porque ainda não falei do som, que estava embolado com a bateria mais alta do que tudo e também não citei a fraca ou inexistente divulgação. Pessoal, não se enganem, ir num show e não ver nada é uma situação no mínimo esdrúxula e no máximo inadmissível. Mas estando-se lá, permaneça-se lá (isso fez sentido?). Como já foi dito anteriormente, este que vos fala, sendo praticamente portátil conseguiu desbravar a multidão e assistir o show ao lado do palco (o mundo não é dos gays, é dos nanicos , não é Lucian?). Claro que o percurso até o palco foi cheio de ardis como as clássicas encoxadas, apalpadas, grabinadas, etc, mas consegui chegar ao palco. Porém fico na expectativa pra saber se isso não afetará de alguma forma minha sexualidade. Quem não teve a mesma sorte que eu, se virou pra ver o palco, e repito o som não ajudou. E aí você diz: “então o show foi uma merda!”. E eu digo: “Não, não foi.”. Uma banda extremamente profissional e com espírito de rock’n roll. Foi exatamente isso que salvou o show, que tive o (des)prazer de assistir junto a duas figurinhas do metal underground carioca, ambos guitarristas (como eu), Daemon (Neutralis/ Prophecy) um fã confesso de Edu Ardanuy e Lucian (Gunpowder) este um fã incubado. Os muquiranas simplesmente abandonaram suas respectivas patroas para ver o tio Ardanuy tocar (como se eu não tivesse feito o mesmo).
Por causa da altura do palco, não poderiam deixar de aparecer os problemas de densidade demográfica. Eu estava como sempre perambulando quando vi um cara grande,estranho e bêbado se indispondo com um outro cara e alguns seguranças avançaram em sua direção. O dito recuou em direção à minha patroa que estava longe de mim e algumas meninas que a acompanhavam então me pus na frente delas. Mais tarde não pude deixar de achar cômico o meu esforço,visto o tamanho do idiota que se caísse em cima de mim me esmagaria como um inseto.
Voltando ao show, o Dr. Sin mostrou porque é uma das melhores bandas de rock do Brasil. É uma das poucas no mundo que consegue ser virtuosa sem soar almofadinha, ou seja rock´n roll e desencanada ao mesmo tempo. Mr. Ivan Busic quebrou tudo na bateria, o Andria cantou muito e representou no baixo, o tecladista convidado foi excelente e o Edu, bom...o sr. Ardanuy simplesmente fez o diabo, tocou muito, com precisão,técnica, bom gosto e belos improvisos. Pra você ter uma idéia de como o cara tem a manha, muito se discute sobre o dito ser o melhor guitarrista virtuose do Brasil e eu já li duas entrevistas de guitarristas brasileiros e um deles é Kiko Loureiro dizendo que Ardanuy é um dos cinco melhores do mundo. Algumas músicas do novo álbum, Bravo, tiveram boa resposta do público, mas não tem jeito, o que a galera quer mesmo são os velhos clássicos e toma-lhe Emotional catastrophe, Time after time, Fly away , Karma , Fire e claro Futebol, mulher e rock´n roll. O batera Ivan como já era esperado foi a frente do palco cantar, mas a surpresa mesmo foi o(a) cover de You really got me dos Kinks numa versão bem parecida com a do Van Halen. Lamentavelmente o som não estava cem por cento e a questão do palco foi inadmissível. Por conta disso me pergunto se alguém que não teve a minha sorte pode dizer realmente que curtiu o show fora que, eu não sou bom em contar pessoas mas não me parecia ter mais de cem pessoas (muitos foram embora). Pra não dizer que sou reclamão ranzinza foi uma excelente idéia estar incluso no valor do ingresso o novo cd da banda com todas a músicas, sem o encarte , mas numa embalagem legal. Outro fato pitoresco aconteceu quando a cerveja de Edu acaba, e este chama um cara que lhe cochicha algo no ouvido. Edu balança a cabeça em sinal de negativo, pega a carteira e lhe dá dez merréus, vai ao microfone e diz: “Tão me cobrando a cerveja, pô, não pode!”. Outro fato foi que a banda subiu ao palco pela porta da frente passando pelo público. Se isso foi proposital foi interessante, mas se não foi uma opção,eu prefiro nem dizer. Só espero que os doutores não demorem para voltar ao Rio e que dessa vez o público possa realmente vê-los no palco.
Responda rápido : “O que você julga mais importante num show: ver a banda ou ouvir a banda?.” Bom se o caro detrator, “digo digo”, leitor optou pela primeira opção (essa foi de doer) sairia do espetáculo em questão frustrado pois foi virtualmente impossível enxergar o palco. Antes que você diga no mínimo esse cara é um tampinha (o que é absolutamente verdade), meus amigos apenas verticalmente mais favorecidos também não puderam ver nada. É, como diria uma grande pensadora e filósofa brasileira Narcisa Tamborideguy “Ai que absurdo!”. Simplesmente o palco estava quase na mesma altura do chão e novamente antecipando seus pensamentos (sim, sou o Yoda), eu não sou fresco e sei como são eventos underground e sei também que o finado Ballroom, bela casa de pequeno porte, o palco também era rasteiro, porém o lugar era dotado de pisos superiores, o que possibilitava a quem estivesse interessada ver o palco (se é que alguém com plenas faculdades mentais e não sendo deficiente visual pagaria apenas para ouvir uma banda tocar, o que eu não duvido). Obviamente o saldo não poderia ser diferente. Teve nego caindo por estar em pé na cadeira,nego que não viu o show, nego se espremendo tentando ver o palco, enfim, lamentável. Lamentável e inaceitável uma banda do porte do Dr. Sin tocar nestas condições, isso porque ainda não falei do som, que estava embolado com a bateria mais alta do que tudo e também não citei a fraca ou inexistente divulgação. Pessoal, não se enganem, ir num show e não ver nada é uma situação no mínimo esdrúxula e no máximo inadmissível. Mas estando-se lá, permaneça-se lá (isso fez sentido?). Como já foi dito anteriormente, este que vos fala, sendo praticamente portátil conseguiu desbravar a multidão e assistir o show ao lado do palco (o mundo não é dos gays, é dos nanicos , não é Lucian?). Claro que o percurso até o palco foi cheio de ardis como as clássicas encoxadas, apalpadas, grabinadas, etc, mas consegui chegar ao palco. Porém fico na expectativa pra saber se isso não afetará de alguma forma minha sexualidade. Quem não teve a mesma sorte que eu, se virou pra ver o palco, e repito o som não ajudou. E aí você diz: “então o show foi uma merda!”. E eu digo: “Não, não foi.”. Uma banda extremamente profissional e com espírito de rock’n roll. Foi exatamente isso que salvou o show, que tive o (des)prazer de assistir junto a duas figurinhas do metal underground carioca, ambos guitarristas (como eu), Daemon (Neutralis/ Prophecy) um fã confesso de Edu Ardanuy e Lucian (Gunpowder) este um fã incubado. Os muquiranas simplesmente abandonaram suas respectivas patroas para ver o tio Ardanuy tocar (como se eu não tivesse feito o mesmo).
Por causa da altura do palco, não poderiam deixar de aparecer os problemas de densidade demográfica. Eu estava como sempre perambulando quando vi um cara grande,estranho e bêbado se indispondo com um outro cara e alguns seguranças avançaram em sua direção. O dito recuou em direção à minha patroa que estava longe de mim e algumas meninas que a acompanhavam então me pus na frente delas. Mais tarde não pude deixar de achar cômico o meu esforço,visto o tamanho do idiota que se caísse em cima de mim me esmagaria como um inseto.
Voltando ao show, o Dr. Sin mostrou porque é uma das melhores bandas de rock do Brasil. É uma das poucas no mundo que consegue ser virtuosa sem soar almofadinha, ou seja rock´n roll e desencanada ao mesmo tempo. Mr. Ivan Busic quebrou tudo na bateria, o Andria cantou muito e representou no baixo, o tecladista convidado foi excelente e o Edu, bom...o sr. Ardanuy simplesmente fez o diabo, tocou muito, com precisão,técnica, bom gosto e belos improvisos. Pra você ter uma idéia de como o cara tem a manha, muito se discute sobre o dito ser o melhor guitarrista virtuose do Brasil e eu já li duas entrevistas de guitarristas brasileiros e um deles é Kiko Loureiro dizendo que Ardanuy é um dos cinco melhores do mundo. Algumas músicas do novo álbum, Bravo, tiveram boa resposta do público, mas não tem jeito, o que a galera quer mesmo são os velhos clássicos e toma-lhe Emotional catastrophe, Time after time, Fly away , Karma , Fire e claro Futebol, mulher e rock´n roll. O batera Ivan como já era esperado foi a frente do palco cantar, mas a surpresa mesmo foi o(a) cover de You really got me dos Kinks numa versão bem parecida com a do Van Halen. Lamentavelmente o som não estava cem por cento e a questão do palco foi inadmissível. Por conta disso me pergunto se alguém que não teve a minha sorte pode dizer realmente que curtiu o show fora que, eu não sou bom em contar pessoas mas não me parecia ter mais de cem pessoas (muitos foram embora). Pra não dizer que sou reclamão ranzinza foi uma excelente idéia estar incluso no valor do ingresso o novo cd da banda com todas a músicas, sem o encarte , mas numa embalagem legal. Outro fato pitoresco aconteceu quando a cerveja de Edu acaba, e este chama um cara que lhe cochicha algo no ouvido. Edu balança a cabeça em sinal de negativo, pega a carteira e lhe dá dez merréus, vai ao microfone e diz: “Tão me cobrando a cerveja, pô, não pode!”. Outro fato foi que a banda subiu ao palco pela porta da frente passando pelo público. Se isso foi proposital foi interessante, mas se não foi uma opção,eu prefiro nem dizer. Só espero que os doutores não demorem para voltar ao Rio e que dessa vez o público possa realmente vê-los no palco.
2 comentários:
foda.
M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-A essa resenha. Esse blog é supimpa!
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