Puscifer - "V" is for Vagina
Por Vagner "Zero" Oliveira
Puscifer é o nome do projeto solo de Maynard James Keenan, vocalista das bandas Tool e A Perfect Circle, que já fez inúmeras participações com Nine Inch Nails, Alice in Chains, Rage Against the Machine, Tori Amos, David Bowie, Jane's Addiction e Deftones entre tantos artistas. Quando este projeto foi iniciado, eram músicas nas trilhas sonoras dos filmes da série Underworld e em Jogos Mortais II.
Entretanto, esta é a definição que ele dá a este projeto em seu MySpace: "Welcome to Puscifer, my creative subconscious. Welcome to the party that goes on in my head 24 hours a day. Welcome to my island of misfit ideas. The space where my Id, Ego, and Anima all come together to exchange cookie recipes. This is a space without any hard edges. It's a space with no clear or discernable goals. CHECK YOUR OVER INFLATED EXPECTATIONS AT THE DOOR. Cuz this is simply a playground for the various voices in my head. Come play with us." Tradução/adaptação do trecho em negrito: "Deixe suas grandes expectativas de lado"
O disco começa com Queen B, música que gerou o primeiro vídeo e single do disco. Para quem está acostumado com as suas outras bandas, recebe um certo estranhamento ou ouvir um som que lembra mais a uma boate de strip-tease. Batidas que fazem o ouvinte se envolver e imaginar um ambiente de dança sensual.
Seguindo o mesmo estilo, começa DoZo (palavra em japonês para "sirva-se" e também o nome de um modelo de calcinha que é vendido em seu site). Ela possui um andamento semelhante a Queen B mas é cantada num estilo mais próximo do rap (lembrando mais uma vez que esse projeto não tem nada a ver com as bandas em que ele é vocal ou com os estilos das mesmas) incluindo ao fundo algumas palavras indicando que algo está ocorrendo.
Nas primeiras batidas de Vagina Mine, percebe-se o início da mudança de estilo. O progressivo começa a ser percebido, lembrando algumas músicas do Tool com a diferença de uma pegada mais eletrônica e ainda com os vocais num estilo rap.
Momma Sed inicia-se com um simples e lindo dedilhado de violão. Ela é, talvez a melhor música do disco. Totalmente no violão com uns poucos efeitos eletrônicos, consegue atrair o ouvinte por ser simples, calma e tranqüilizadora. O backing vocal feminino forma uma bela sintonia com o vocalista do A Perfect Circle.
Em Drunk with Power há mais uma mudança de estilo. Um blues lento com gaita bem relaxante que é fechado ao som de acordeão. A faixa seguinte dá um susto no ouvinte como se fosse um "Tá na hora de acordar".
The Undertaker é uma velha conhecida dos fãs. Ela fazia parte da trilha sonora de Underworld: Evolution. Engraçado que a versão do filme é um remix que saiu antes da original. Para quem estava acostumado com a remix, ocorre um certo estranhamento com o andamento e de como ela é cantada mas, a partir do primeiro refrão, as semelhanças com a remix começam a ser reparadas e a experiência é mais intensa. A partir daqui o som começa a ficar mais denso.
Trekka inicia com um som mais denso do que a anterior. É o tipo de música perfeito para encerramento de filme. Comparando-a com outros trabalhos, ela se assemelha a Crimes do álbum Thirteenth Step do A Perfect Circle. Indigo Children tem uma base totalmente eletrônica e um dos vocais mais graves misturados a uma linha mais falada ao tom natural. Como Vagina Mine, há um excesso de repetições em alguns trechos mas nada que possa incomodar quem esteja conhecendo o trabalho.
Quase terminando o álbum, Sour Grapes é o ponto em que mais se relembra Tool e A Perfect Circle. Não por causa da sonoridade, e sim por ser uma faixa de "enrolação". Uma base é mantida enquanto que uma voz fica falando. No disco Ænima, do Tool, na faixa Die Eier Von Satan, uma voz, em alemão começa a falar como se fosse um discurso de Hitler, como se fosse um discurso de mobilização quando na verdade, a voz estava lendo UMA RECEITA DE BOLO. Maynard sempre adorou esse tipo de brincadeira mas isso é um comentário à parte.
Rev 22:20 (Dry Martini Mix) é outra música que foi tocada nos filmes. A original apareceu no primeiro Underworld e o primeiro remix, Rev 22:20 (Rev 4:20 remix),apareceu em Jogos Mortais 2. O título da música é a abreviatura de Revelations 22:20 (Apocalipse 22, versículo 20). Um dos últimos versículos da Bíblia no qual ele faz uma piada de cunho sexual e religioso baseado nos sentidos empregados na palavra "come". Nesta versão ela se encaixa perfeitamente como música de um típico barzinho de filme estadunidense. A mixagem e edição para esta versão foram muito bem trabalhadas dando a impressão de que ela foi realmente gravada ao vivo em um bar.
"V" is for Vagina é um bom trabalho do Puscifer (nome o qual é mais um trocadilho de cunho sexual e religioso) Para os fãs inveterados de suas bandas, é um pouco impactante a primeira vez em que este álbum é escutado. Mas, depois de ouvido e entendido, é possível pegar uma nova interpretação ou auxiliar no entendimento das músicas do A Perfect Circle e do Tool.
Nota: 8,0
Por Vagner "Zero" Oliveira
Puscifer é o nome do projeto solo de Maynard James Keenan, vocalista das bandas Tool e A Perfect Circle, que já fez inúmeras participações com Nine Inch Nails, Alice in Chains, Rage Against the Machine, Tori Amos, David Bowie, Jane's Addiction e Deftones entre tantos artistas. Quando este projeto foi iniciado, eram músicas nas trilhas sonoras dos filmes da série Underworld e em Jogos Mortais II.
Entretanto, esta é a definição que ele dá a este projeto em seu MySpace: "Welcome to Puscifer, my creative subconscious. Welcome to the party that goes on in my head 24 hours a day. Welcome to my island of misfit ideas. The space where my Id, Ego, and Anima all come together to exchange cookie recipes. This is a space without any hard edges. It's a space with no clear or discernable goals. CHECK YOUR OVER INFLATED EXPECTATIONS AT THE DOOR. Cuz this is simply a playground for the various voices in my head. Come play with us." Tradução/adaptação do trecho em negrito: "Deixe suas grandes expectativas de lado"
O disco começa com Queen B, música que gerou o primeiro vídeo e single do disco. Para quem está acostumado com as suas outras bandas, recebe um certo estranhamento ou ouvir um som que lembra mais a uma boate de strip-tease. Batidas que fazem o ouvinte se envolver e imaginar um ambiente de dança sensual.
Seguindo o mesmo estilo, começa DoZo (palavra em japonês para "sirva-se" e também o nome de um modelo de calcinha que é vendido em seu site). Ela possui um andamento semelhante a Queen B mas é cantada num estilo mais próximo do rap (lembrando mais uma vez que esse projeto não tem nada a ver com as bandas em que ele é vocal ou com os estilos das mesmas) incluindo ao fundo algumas palavras indicando que algo está ocorrendo.
Nas primeiras batidas de Vagina Mine, percebe-se o início da mudança de estilo. O progressivo começa a ser percebido, lembrando algumas músicas do Tool com a diferença de uma pegada mais eletrônica e ainda com os vocais num estilo rap.
Momma Sed inicia-se com um simples e lindo dedilhado de violão. Ela é, talvez a melhor música do disco. Totalmente no violão com uns poucos efeitos eletrônicos, consegue atrair o ouvinte por ser simples, calma e tranqüilizadora. O backing vocal feminino forma uma bela sintonia com o vocalista do A Perfect Circle.
Em Drunk with Power há mais uma mudança de estilo. Um blues lento com gaita bem relaxante que é fechado ao som de acordeão. A faixa seguinte dá um susto no ouvinte como se fosse um "Tá na hora de acordar".
The Undertaker é uma velha conhecida dos fãs. Ela fazia parte da trilha sonora de Underworld: Evolution. Engraçado que a versão do filme é um remix que saiu antes da original. Para quem estava acostumado com a remix, ocorre um certo estranhamento com o andamento e de como ela é cantada mas, a partir do primeiro refrão, as semelhanças com a remix começam a ser reparadas e a experiência é mais intensa. A partir daqui o som começa a ficar mais denso.
Trekka inicia com um som mais denso do que a anterior. É o tipo de música perfeito para encerramento de filme. Comparando-a com outros trabalhos, ela se assemelha a Crimes do álbum Thirteenth Step do A Perfect Circle. Indigo Children tem uma base totalmente eletrônica e um dos vocais mais graves misturados a uma linha mais falada ao tom natural. Como Vagina Mine, há um excesso de repetições em alguns trechos mas nada que possa incomodar quem esteja conhecendo o trabalho.
Quase terminando o álbum, Sour Grapes é o ponto em que mais se relembra Tool e A Perfect Circle. Não por causa da sonoridade, e sim por ser uma faixa de "enrolação". Uma base é mantida enquanto que uma voz fica falando. No disco Ænima, do Tool, na faixa Die Eier Von Satan, uma voz, em alemão começa a falar como se fosse um discurso de Hitler, como se fosse um discurso de mobilização quando na verdade, a voz estava lendo UMA RECEITA DE BOLO. Maynard sempre adorou esse tipo de brincadeira mas isso é um comentário à parte.
Rev 22:20 (Dry Martini Mix) é outra música que foi tocada nos filmes. A original apareceu no primeiro Underworld e o primeiro remix, Rev 22:20 (Rev 4:20 remix),apareceu em Jogos Mortais 2. O título da música é a abreviatura de Revelations 22:20 (Apocalipse 22, versículo 20). Um dos últimos versículos da Bíblia no qual ele faz uma piada de cunho sexual e religioso baseado nos sentidos empregados na palavra "come". Nesta versão ela se encaixa perfeitamente como música de um típico barzinho de filme estadunidense. A mixagem e edição para esta versão foram muito bem trabalhadas dando a impressão de que ela foi realmente gravada ao vivo em um bar.
"V" is for Vagina é um bom trabalho do Puscifer (nome o qual é mais um trocadilho de cunho sexual e religioso) Para os fãs inveterados de suas bandas, é um pouco impactante a primeira vez em que este álbum é escutado. Mas, depois de ouvido e entendido, é possível pegar uma nova interpretação ou auxiliar no entendimento das músicas do A Perfect Circle e do Tool.
Nota: 8,0
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