A afirmativa de que é impossível falar da música popular do século XX sem ceder um lugar de destaque aos Beatles parece-nos ponto pacífico entre os especialistas e amantes dos diversos ritmos que são unificados sob este rótulo. Se avançarmos um pouco mais, asseverando que os quatro rapazes de Liverpool revolucionaram a música popular a nível mundial, ainda assim, teremos poucas vozes dissonantes. As discordâncias começam, porém, quando tentamos estabelecer exatamente no que consistiu tal revolução. Para muitos – quiçá a maioria – o binômio Beatles/Revolução não poderia jamais ser mencionado sem o complemento de “Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band”, o oitavo Long Play lançado pela banda. Com efeito, o disco trouxe consigo grandes inovações, tanto técnicas, quanto conceituais para a época (1967), sendo, até hoje, figurinha fácil nas listas de melhores álbuns pop do século passado.
De acordo com o ponto de vista aqui adotado, no entanto, o dito álbum não deve ser visto como um ponto de inflexão na trajetória dos Beatles, mas, sim, como um momento – talvez o culminante – de um processo mais longo, já revolucionário desde anos antes. Determinar o ponto preciso no qual se iniciaria tal processo é tarefa inglória e poderíamos, sem prejuízo da argumentação, selecionar pelo menos uma meia dezena de eventos adequados para tal título (por exemplo, a primeira vez que a formação que entraria para a História – John Lennon, Paul McCartney, George Harrison e Ringo Starr – tocou no legendário Cavern Club, em 22/08/1962, ou a primeira gravação conjunta de Lennon, McCartney e Harrison – de fato os cérebros criativos por trás da banda –, em algum momento de 1958). Sendo assim, deixemos de lado tão complexa, quanto infrutífera discussão, e partamos para o que realmente aqui nos interessa.
A tese que tentaremos sustentar nas linhas e parágrafos que se seguem é a de que a revolução pela qual os Beatles foram responsáveis deu-se muito mais no plano comercial, do que no artístico propriamente dito, proposição esta que tem seu corolário na afirmativa de que a importância que os Beatles têm, para a história da música pop, deve-se muito mais aos seus índices de vendagens de discos e popularidade mundial, do que pelo conteúdo/forma de sua música. Não queremos, com tal afirmação, arvorarmos na posição de meros iconoclastas, negando peremptoriamente o talento da banda. Pelo contrário, entendemos que tal talento constituiu o material vivo, a base em torno da qual desenvolveu-se o complexo comercial responsável pela venda de mais de um bilhão de álbuns. Com o fito de facilitar nossa exposição, abordaremos o dito complexo em dois aspectos distintos, evidentemente inter-relacionados: o imagético e o midiático.
Ao longo das últimas cinco décadas, muito se tem falado acerca da influência de Brian Epstein, empresário da banda entre 1961 e 1967 (ano de sua morte), sobre a imagem dos Beatles. Se, por um lado, o tino comercial de Epstein não pode ser negado (como evidencia, por exemplo, o episódio em que sugeriu que os rapazes abandonassem as roupas de couro em favor de ternos), por outro, a própria estrutura interna da banda constituiu-se numa inovação ainda maior em termos de produção de imagem. Explico-me: em fins da década de 1950 e início da de 1960, as bandas que tocavam Rock’n’Roll (e os diversos ritmos que nele desembocaram) possuíam três configurações típicas no que se refere à imagem veiculada, o que se refletia no próprio nome das mesmas. A primeira delas tinha sua imagem centrada num líder (preferencialmente) carismático, como, por exemplo, “Rory and The Hurricanes” – da qual Ringo foi, durante anos, o titular das baquetas –, ou “Gerry and The Pacemakers”. Era esse líder quem cantava (e, com freqüência, compunha) todas as músicas e capitaneava o material promocional. A segunda, ainda mais individualizada, ignorava os acompanhantes (nesse caso, especialmente rotativos). “Elvis Presley” parece ser o exemplo definitivo desse caso. A terceira e última estrutura, hoje generalizada entre as bandas de Rock, por sua vez, operava um processo de equalização radical dos membros da banda, o que levava a nomes que não particularizassem nenhum dos integrantes.
Os Beatles, ainda que não tenham criado esta estrutura(1) – vale lembrar que eles mesmos hesitaram antes de adotá-la, tendo, anteriormente, sido chamados “Long John and The Silver Beetles” –, foram capazes de levá-la às últimas conseqüências (ainda que Lennon e McCartney sobressaíssem, especialmente nos primeiros anos da banda), produzindo um tipo de imagem bastante inovador. Cabe ressaltar que tal desenvolvimento não teria sido possível sem o indiscutível talento da trinca Lennon-McCartney-Harrison, que lhes facultou não apenas uma variação no estilo das composições, como um rodízio nos vocais principais.
A imagem complexificada da banda, agora resultado da relação de subjetividades diversas, e não mais centrada em um front-man, se bem que gestada no palco, ganhou seu complemento necessário fora dele. Ora, se agora a banda era composta por quatro integrantes portadores de status radicalmente equivalentes, era necessário que os quatro tivessem o mesmo espaço nas fotos promocionais, nas capas dos álbuns e nas entrevistas coletivas. Foi fundamentalmente nestas que os quatro Beatles tiveram oportunidades de aparecer enquanto indivíduos distintos e, conseqüentemente, construir, ou simplesmente veicular, imagens diferentes. Tais imagens, ainda que evidentemente processuais, podem ser sintetizadas através de arquétipos. Assim, temos John como o rebelde – tanto o comprometido politicamente, quanto o satirizador –, George como o calmo, ou o “místico”, Ringo como o bobo, ou o cômico e, por fim, Paul, como o bom moço, ou, para alguns, “o vendido”. Diga-se de passagem que McCartney carrega este rótulo sozinho injustamente, posto que os quatro Beatles souberam exatamente como enquadrar-se, mesmo com suas particularidades, nos moldes da indústria fonográfica da época.
Evidentemente, tais imagens encontravam fundamentos nas próprias personalidades dos Beatles, mas central aqui é o fato de que tanto suas nuances tenham encontrado espaço para manifestar-se, quanto as mesmas tenham sido conscientemente – até certo ponto, evidentemente – exploradas pela banda. Em suma, os Beatles operaram, tanto por meio de sua música – revezamento dos vocais, utilizando os próprios integrantes como backing vocals, múltiplos compositores, etc –, quanto por seu aparato promocional, um duplo processo, simultaneamente homogeneizador (ao acabar com a hierarquia na banda) e particularizador (ao gerar as identidades dos componentes). Trataremos, a seguir, desse aparato promocional com mais detalhes.
Nesse campo, a principal inovação dos Beatles parece ter sido a utilização de múltiplas mídias (algo bastante em voga nos dias de hoje como evidencia, por exemplo, a franquia “Harry Potter”, composta de livros, filmes, jogos eletrônicos, etc) para a veiculação de sua música, bem como da imagem da qual tratamos anteriormente. Para além dos singles e Long Plays, veículos óbvios para a divulgação de músicos e bandas na década de 1960, os Beatles utilizaram-se largamente dos espaços concedidos pelas estações de rádio – certamente o meio de comunicação de maior alcance na época –, bem como do crescente potencial da televisão. Além disso, estrelaram filmes (“A hard day´s night”, “Help!”, “Magical Mistery Tour” e “Let it be”), um desenho animado (“Yellow submarine”), inventaram o precursor dos vídeo clipes (o qual chamavam promo film), para suprir a grande demanda por sua imagem em programas de TV e criaram uma loja destinada a vender todo o tipo de artigos vinculados ao modo de vida que propagavam (Apple). Em suma, ainda que não tenham sido pioneiros em todas essas áreas (Elvis, por exemplo, já estrelara filmes), foram, também aqui, os responsáveis por explorar de maneira decisiva terrenos cuja fertilidade podia ser apenas intuída.
Como complemento desse pesado aparato de construção e veiculação da imagem dos Beatles, foram, também, empregadas algumas táticas comercias que merecem ser apontadas. Destacam-se, nesse sentido, a insistência em não repetir em LP’s as músicas lançadas em singles, de modo que o lançamento de um disco não comprometesse decisivamente as vendagens do anterior, além da decisão de só excursionar pelos Estados Unidos quando ocupassem o primeiro lugar nas paradas daquele país, maximizando os efeitos promocionais de sua ida àquela que era, certamente, a principal caixa de ressonância da música pop a nível mundial.
Por fim, cabe destacar que se embora todos os fatores já mencionados tenham contribuído decisivamente para que o sucesso dos Beatles alcançasse níveis jamais vistos anteriormente, inaugurando uma nova era na indústria da música pop, os mesmos só puderam se combinar da maneira já apontada em função da época em que os Beatles se formaram e atuaram enquanto banda. Com o fim da segunda guerra mundial, o capitalismo ocidental encontrou, na expressão de Eric Hobsbawm, sua “Era de Ouro”, o que permitiu que os jovens, principal púbico consumidor do Rock’n’Roll, tivessem “empregos adequadamente remunerados e portanto dinheiro no bolso, ou uma parcela até então inédita da prosperidade de que gozavam os adultos de classe média. Foi esse mercado de crianças e adolescentes que transformou toda a indústria da música”(2). Paralelamente ao aumento das vendas de discos proporcionado por essa inserção dos jovens no grupo dos consumidores de música pop, a televisão e o rádio difundiam-se de maneira espantosa, além da década de 1960 ter visto grandes avanços técnicos no que se refere à produção e gravação de músicas.
Um último fator que não deve ser menosprezado é o contexto político-social. Com efeito, as transformações pelas quais o mundo passou na década de 1960 não se limitaram ao aspecto técnico-científico, tendo também sido grandes as mudanças em termos ideológicos e comportamentais. Tais considerações, no entanto, nos levariam a uma análise mais qualitativa e centrada no conteúdo das músicas dos Beatles. Averiguar até que ponto as letras dos Fab 4 tiveram um papel preponderante nas vendas de seus discos é, portanto, assunto para um outro artigo.
De acordo com o ponto de vista aqui adotado, no entanto, o dito álbum não deve ser visto como um ponto de inflexão na trajetória dos Beatles, mas, sim, como um momento – talvez o culminante – de um processo mais longo, já revolucionário desde anos antes. Determinar o ponto preciso no qual se iniciaria tal processo é tarefa inglória e poderíamos, sem prejuízo da argumentação, selecionar pelo menos uma meia dezena de eventos adequados para tal título (por exemplo, a primeira vez que a formação que entraria para a História – John Lennon, Paul McCartney, George Harrison e Ringo Starr – tocou no legendário Cavern Club, em 22/08/1962, ou a primeira gravação conjunta de Lennon, McCartney e Harrison – de fato os cérebros criativos por trás da banda –, em algum momento de 1958). Sendo assim, deixemos de lado tão complexa, quanto infrutífera discussão, e partamos para o que realmente aqui nos interessa.
A tese que tentaremos sustentar nas linhas e parágrafos que se seguem é a de que a revolução pela qual os Beatles foram responsáveis deu-se muito mais no plano comercial, do que no artístico propriamente dito, proposição esta que tem seu corolário na afirmativa de que a importância que os Beatles têm, para a história da música pop, deve-se muito mais aos seus índices de vendagens de discos e popularidade mundial, do que pelo conteúdo/forma de sua música. Não queremos, com tal afirmação, arvorarmos na posição de meros iconoclastas, negando peremptoriamente o talento da banda. Pelo contrário, entendemos que tal talento constituiu o material vivo, a base em torno da qual desenvolveu-se o complexo comercial responsável pela venda de mais de um bilhão de álbuns. Com o fito de facilitar nossa exposição, abordaremos o dito complexo em dois aspectos distintos, evidentemente inter-relacionados: o imagético e o midiático.
Ao longo das últimas cinco décadas, muito se tem falado acerca da influência de Brian Epstein, empresário da banda entre 1961 e 1967 (ano de sua morte), sobre a imagem dos Beatles. Se, por um lado, o tino comercial de Epstein não pode ser negado (como evidencia, por exemplo, o episódio em que sugeriu que os rapazes abandonassem as roupas de couro em favor de ternos), por outro, a própria estrutura interna da banda constituiu-se numa inovação ainda maior em termos de produção de imagem. Explico-me: em fins da década de 1950 e início da de 1960, as bandas que tocavam Rock’n’Roll (e os diversos ritmos que nele desembocaram) possuíam três configurações típicas no que se refere à imagem veiculada, o que se refletia no próprio nome das mesmas. A primeira delas tinha sua imagem centrada num líder (preferencialmente) carismático, como, por exemplo, “Rory and The Hurricanes” – da qual Ringo foi, durante anos, o titular das baquetas –, ou “Gerry and The Pacemakers”. Era esse líder quem cantava (e, com freqüência, compunha) todas as músicas e capitaneava o material promocional. A segunda, ainda mais individualizada, ignorava os acompanhantes (nesse caso, especialmente rotativos). “Elvis Presley” parece ser o exemplo definitivo desse caso. A terceira e última estrutura, hoje generalizada entre as bandas de Rock, por sua vez, operava um processo de equalização radical dos membros da banda, o que levava a nomes que não particularizassem nenhum dos integrantes.
Os Beatles, ainda que não tenham criado esta estrutura(1) – vale lembrar que eles mesmos hesitaram antes de adotá-la, tendo, anteriormente, sido chamados “Long John and The Silver Beetles” –, foram capazes de levá-la às últimas conseqüências (ainda que Lennon e McCartney sobressaíssem, especialmente nos primeiros anos da banda), produzindo um tipo de imagem bastante inovador. Cabe ressaltar que tal desenvolvimento não teria sido possível sem o indiscutível talento da trinca Lennon-McCartney-Harrison, que lhes facultou não apenas uma variação no estilo das composições, como um rodízio nos vocais principais.
A imagem complexificada da banda, agora resultado da relação de subjetividades diversas, e não mais centrada em um front-man, se bem que gestada no palco, ganhou seu complemento necessário fora dele. Ora, se agora a banda era composta por quatro integrantes portadores de status radicalmente equivalentes, era necessário que os quatro tivessem o mesmo espaço nas fotos promocionais, nas capas dos álbuns e nas entrevistas coletivas. Foi fundamentalmente nestas que os quatro Beatles tiveram oportunidades de aparecer enquanto indivíduos distintos e, conseqüentemente, construir, ou simplesmente veicular, imagens diferentes. Tais imagens, ainda que evidentemente processuais, podem ser sintetizadas através de arquétipos. Assim, temos John como o rebelde – tanto o comprometido politicamente, quanto o satirizador –, George como o calmo, ou o “místico”, Ringo como o bobo, ou o cômico e, por fim, Paul, como o bom moço, ou, para alguns, “o vendido”. Diga-se de passagem que McCartney carrega este rótulo sozinho injustamente, posto que os quatro Beatles souberam exatamente como enquadrar-se, mesmo com suas particularidades, nos moldes da indústria fonográfica da época.
Evidentemente, tais imagens encontravam fundamentos nas próprias personalidades dos Beatles, mas central aqui é o fato de que tanto suas nuances tenham encontrado espaço para manifestar-se, quanto as mesmas tenham sido conscientemente – até certo ponto, evidentemente – exploradas pela banda. Em suma, os Beatles operaram, tanto por meio de sua música – revezamento dos vocais, utilizando os próprios integrantes como backing vocals, múltiplos compositores, etc –, quanto por seu aparato promocional, um duplo processo, simultaneamente homogeneizador (ao acabar com a hierarquia na banda) e particularizador (ao gerar as identidades dos componentes). Trataremos, a seguir, desse aparato promocional com mais detalhes.
Nesse campo, a principal inovação dos Beatles parece ter sido a utilização de múltiplas mídias (algo bastante em voga nos dias de hoje como evidencia, por exemplo, a franquia “Harry Potter”, composta de livros, filmes, jogos eletrônicos, etc) para a veiculação de sua música, bem como da imagem da qual tratamos anteriormente. Para além dos singles e Long Plays, veículos óbvios para a divulgação de músicos e bandas na década de 1960, os Beatles utilizaram-se largamente dos espaços concedidos pelas estações de rádio – certamente o meio de comunicação de maior alcance na época –, bem como do crescente potencial da televisão. Além disso, estrelaram filmes (“A hard day´s night”, “Help!”, “Magical Mistery Tour” e “Let it be”), um desenho animado (“Yellow submarine”), inventaram o precursor dos vídeo clipes (o qual chamavam promo film), para suprir a grande demanda por sua imagem em programas de TV e criaram uma loja destinada a vender todo o tipo de artigos vinculados ao modo de vida que propagavam (Apple). Em suma, ainda que não tenham sido pioneiros em todas essas áreas (Elvis, por exemplo, já estrelara filmes), foram, também aqui, os responsáveis por explorar de maneira decisiva terrenos cuja fertilidade podia ser apenas intuída.
Como complemento desse pesado aparato de construção e veiculação da imagem dos Beatles, foram, também, empregadas algumas táticas comercias que merecem ser apontadas. Destacam-se, nesse sentido, a insistência em não repetir em LP’s as músicas lançadas em singles, de modo que o lançamento de um disco não comprometesse decisivamente as vendagens do anterior, além da decisão de só excursionar pelos Estados Unidos quando ocupassem o primeiro lugar nas paradas daquele país, maximizando os efeitos promocionais de sua ida àquela que era, certamente, a principal caixa de ressonância da música pop a nível mundial.
Por fim, cabe destacar que se embora todos os fatores já mencionados tenham contribuído decisivamente para que o sucesso dos Beatles alcançasse níveis jamais vistos anteriormente, inaugurando uma nova era na indústria da música pop, os mesmos só puderam se combinar da maneira já apontada em função da época em que os Beatles se formaram e atuaram enquanto banda. Com o fim da segunda guerra mundial, o capitalismo ocidental encontrou, na expressão de Eric Hobsbawm, sua “Era de Ouro”, o que permitiu que os jovens, principal púbico consumidor do Rock’n’Roll, tivessem “empregos adequadamente remunerados e portanto dinheiro no bolso, ou uma parcela até então inédita da prosperidade de que gozavam os adultos de classe média. Foi esse mercado de crianças e adolescentes que transformou toda a indústria da música”(2). Paralelamente ao aumento das vendas de discos proporcionado por essa inserção dos jovens no grupo dos consumidores de música pop, a televisão e o rádio difundiam-se de maneira espantosa, além da década de 1960 ter visto grandes avanços técnicos no que se refere à produção e gravação de músicas.
Um último fator que não deve ser menosprezado é o contexto político-social. Com efeito, as transformações pelas quais o mundo passou na década de 1960 não se limitaram ao aspecto técnico-científico, tendo também sido grandes as mudanças em termos ideológicos e comportamentais. Tais considerações, no entanto, nos levariam a uma análise mais qualitativa e centrada no conteúdo das músicas dos Beatles. Averiguar até que ponto as letras dos Fab 4 tiveram um papel preponderante nas vendas de seus discos é, portanto, assunto para um outro artigo.
Marco M. Pestana
Dezembro/2007-Fevereiro/2008
* Todas as informações referentes aos Beatles e sua trajetória contidas nesse artigo foram retiradas do livro ROYLANCE, Brian et alli (org.) The Beatles – Antologia. São Paulo: Cosac & Naify, 2001.
(1)“A segunda inovação do rock diz respeito ao conceito de “conjunto”. O conjunto de rock (...) se constituía essencialmente em uma unidade coletiva, em vez de um pequeno grupo de virtuoses tentando demonstrar as suas habilidades.” HOBSBAWM, Eric J. História social do jazz. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1990. pp.20-21.
(2)HOBSBAWM, Eric J. Op. Cit. p.16.
2 comentários:
Fodaço o texto, Marco. Um pouco de desmitificação é sempre uma parada legal.
Espero que você escreva mais pra cá.
Abraços
Definitivamente, esse blog está produzindo coisas bem melhores do que os maiores veículos de Metal.
Esse texto é muito bom.
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