Amaldiçoados!
A banda Statik Majik vêm chamando atenção no cenário Heavy Metal nacional sobretudo devido ao fato deles “praticarem” um som que apesar de ter muitos fãs em terras tupiniquins quase não tem representantes nacionais do gênero: trata-se do Stoner Metal. O EP Redemption trouxe para Renato França (baixo), Marlon Guedes (guitarra), Luis Carlos (bateria) e Rafael Tavares (vocal) - a formação que atuou na divulgação do EP - reconhecimento a nível nacional tanto com relação aos fãs de Stoner quanto à crítica especializada; e teve o seu ponto alto com a participação da banda no já consolidado festival Roça´n Roll.
Um Êxtase Pavoroso
O EP começa com a faixa título, que na verdade é um número instrumental que visa dar ao ouvinte uma introdução; mas a pergunta que ficou martelando a minha cabeça ao ouvir o CD várias vezes foi: “era realmente necessária a inclusão dessa primeira faixa instrumental”? A música é tão curta que quando você acha que vai começar alguma coisa ela acaba, servindo apenas para encher lingüiça...
Redemption começa de fato não com a faixa título, mas sim com a música seguinte: Reality. Aqui a banda mostra a que veio, com o riff de guitarra marcante de Marlon conduzindo a música. Nessa mesma faixa também já é possível identificar aquele que será o grande destaque de todo o EP: a cozinha formada por Evandro Souza (que gravou todos os baixos presentes no EP) e Carlos. O aspecto negativo fica por conta da performance do vocalista Rafael que nessa música têm uma atuação apagada.
A cozinha continua sendo o grande destaque em Damned (onde também é possível ouvirmos um melhor aproveitamento do estilo vocal de Rafael). Já nas duas últimas músicas (Nothing Left to Admire e Dreadful Ecstasy) reside o ponto alto do EP. Aqui tudo se combina de uma forma alquimística: a cozinha coesa e forte de Carlos e Evandro, os riffs de guitarra hipnóticos de Marlon, e o vocal distintivo de Rafael. Nothing Left to Admire chega inclusive a namorar em um determinado momento a sonoridade Doom Metal!
O que mais me incomodou na performance da banda foram os solos de guitarra de Guedes; apesar dele ser bastante eficiente em criar riffs que casam perfeitamente com o estilo preconizado pela banda, senti falta de um pouco mais de cuidado na hora de solar. Em vários momentos do EP as músicas pediam por solos mais “envenenados”. Já em relação ao vocalista Tavares, foco de uma certa polêmica, devo dizer que conforme fui ouvindo o CD mais e mais vezes fui me acostumando com o seu estilo de cantar; não sei se foi lavagem cerebral (os famosos “brainworms”) ou o quê, mas o fato é que cada vez mais o estilo do carinha começou a se fixar na minha mente como sendo um bom par para o som da banda, ajudando a dar um ar meio psicodélico ao som, mesmo que muitas vezes em detrimento de uma técnica vocal mais refinada...
Não resta nada para admirar
Das considerações finais eu não poderia deixar de tocar no assunto “qualidade de gravação”. Por mais chato que seja assumir a posição de reclamão, não consigo ficar quieto com a situação das bandas cariocas referente a esse assunto específico; bandas que vem gravando seus álbuns em outras partes do país tem conseguido obter em média resultados muito mais satisfatórios do que aquelas que optam por fazer seus registros aqui no Rio. Quais seriam os motivos para isso? Não saberia dizer com precisão, mas me arrisco a afirmar que seja a falta de bons estúdios especializados no gênero pesado (o Rio tem alguns dos melhores estúdios de gravação do Brasil, mas que tem um custo além da conta para a maior parte das bandas de Heavy Metal), e principalmente falta de pessoal qualificado para operar essas gravações. Não que não existam pessoas qualificadas para tal coisa aqui no Rio, elas apenas parecem não ser em quantidade suficiente para a demanda que existe em nossa cidade. É só pensarmos nos melhores registros (em termos de gravação) laçados por duas bandas cariocas nos últimos anos; estou me referindo as bandas Tribuzy e Imago Mortis. Ambas tiveram que fazer todo o processo de gravação (caso do Imago Mortis) ou parte dele (caso do Tribuzy) fora do Rio para obter um resultado satisfatório! Portanto, apesar de considerar a qualidade de gravação do EP do Statik Majik muito aquém do que seria desejável, é fato de que isso não é um problema específico da banda, e sim um problema generalizado da cena carioca.
No momento atual a banda Statik Majik encontra-se próxima de lançar seu álbum full-lenght chamado Stoned On Music, com mixagem feita por Flavio Pascarillo (Tribuzy/Nordheim), o álbum será lançado pela Be Magic Records. Espero que agora eles consigam superar esse problema. A banda mudou a sua formação e conta com um novo baixista, Thiago Dominogorgoth que também assumiu o posto de vocalista (que passou a ocupar depois da saída do Rafael). O primeiro single do novo registro (chamado Shadows of Hope) já está disponível para ser baixado de graça no site http://www.statikmajik.net/.
A banda Statik Majik vêm chamando atenção no cenário Heavy Metal nacional sobretudo devido ao fato deles “praticarem” um som que apesar de ter muitos fãs em terras tupiniquins quase não tem representantes nacionais do gênero: trata-se do Stoner Metal. O EP Redemption trouxe para Renato França (baixo), Marlon Guedes (guitarra), Luis Carlos (bateria) e Rafael Tavares (vocal) - a formação que atuou na divulgação do EP - reconhecimento a nível nacional tanto com relação aos fãs de Stoner quanto à crítica especializada; e teve o seu ponto alto com a participação da banda no já consolidado festival Roça´n Roll.
Um Êxtase Pavoroso
O EP começa com a faixa título, que na verdade é um número instrumental que visa dar ao ouvinte uma introdução; mas a pergunta que ficou martelando a minha cabeça ao ouvir o CD várias vezes foi: “era realmente necessária a inclusão dessa primeira faixa instrumental”? A música é tão curta que quando você acha que vai começar alguma coisa ela acaba, servindo apenas para encher lingüiça...
Redemption começa de fato não com a faixa título, mas sim com a música seguinte: Reality. Aqui a banda mostra a que veio, com o riff de guitarra marcante de Marlon conduzindo a música. Nessa mesma faixa também já é possível identificar aquele que será o grande destaque de todo o EP: a cozinha formada por Evandro Souza (que gravou todos os baixos presentes no EP) e Carlos. O aspecto negativo fica por conta da performance do vocalista Rafael que nessa música têm uma atuação apagada.
A cozinha continua sendo o grande destaque em Damned (onde também é possível ouvirmos um melhor aproveitamento do estilo vocal de Rafael). Já nas duas últimas músicas (Nothing Left to Admire e Dreadful Ecstasy) reside o ponto alto do EP. Aqui tudo se combina de uma forma alquimística: a cozinha coesa e forte de Carlos e Evandro, os riffs de guitarra hipnóticos de Marlon, e o vocal distintivo de Rafael. Nothing Left to Admire chega inclusive a namorar em um determinado momento a sonoridade Doom Metal!
O que mais me incomodou na performance da banda foram os solos de guitarra de Guedes; apesar dele ser bastante eficiente em criar riffs que casam perfeitamente com o estilo preconizado pela banda, senti falta de um pouco mais de cuidado na hora de solar. Em vários momentos do EP as músicas pediam por solos mais “envenenados”. Já em relação ao vocalista Tavares, foco de uma certa polêmica, devo dizer que conforme fui ouvindo o CD mais e mais vezes fui me acostumando com o seu estilo de cantar; não sei se foi lavagem cerebral (os famosos “brainworms”) ou o quê, mas o fato é que cada vez mais o estilo do carinha começou a se fixar na minha mente como sendo um bom par para o som da banda, ajudando a dar um ar meio psicodélico ao som, mesmo que muitas vezes em detrimento de uma técnica vocal mais refinada...
Não resta nada para admirar
Das considerações finais eu não poderia deixar de tocar no assunto “qualidade de gravação”. Por mais chato que seja assumir a posição de reclamão, não consigo ficar quieto com a situação das bandas cariocas referente a esse assunto específico; bandas que vem gravando seus álbuns em outras partes do país tem conseguido obter em média resultados muito mais satisfatórios do que aquelas que optam por fazer seus registros aqui no Rio. Quais seriam os motivos para isso? Não saberia dizer com precisão, mas me arrisco a afirmar que seja a falta de bons estúdios especializados no gênero pesado (o Rio tem alguns dos melhores estúdios de gravação do Brasil, mas que tem um custo além da conta para a maior parte das bandas de Heavy Metal), e principalmente falta de pessoal qualificado para operar essas gravações. Não que não existam pessoas qualificadas para tal coisa aqui no Rio, elas apenas parecem não ser em quantidade suficiente para a demanda que existe em nossa cidade. É só pensarmos nos melhores registros (em termos de gravação) laçados por duas bandas cariocas nos últimos anos; estou me referindo as bandas Tribuzy e Imago Mortis. Ambas tiveram que fazer todo o processo de gravação (caso do Imago Mortis) ou parte dele (caso do Tribuzy) fora do Rio para obter um resultado satisfatório! Portanto, apesar de considerar a qualidade de gravação do EP do Statik Majik muito aquém do que seria desejável, é fato de que isso não é um problema específico da banda, e sim um problema generalizado da cena carioca.
No momento atual a banda Statik Majik encontra-se próxima de lançar seu álbum full-lenght chamado Stoned On Music, com mixagem feita por Flavio Pascarillo (Tribuzy/Nordheim), o álbum será lançado pela Be Magic Records. Espero que agora eles consigam superar esse problema. A banda mudou a sua formação e conta com um novo baixista, Thiago Dominogorgoth que também assumiu o posto de vocalista (que passou a ocupar depois da saída do Rafael). O primeiro single do novo registro (chamado Shadows of Hope) já está disponível para ser baixado de graça no site http://www.statikmajik.net/.
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