quarta-feira, 14 de maio de 2008

Show Review: Whitesnake

Local: Citibank Hall (Rio de Janeiro)
Data: 06/05/2008

Texto por Carlos Gonçalves
Fotos por Claudio S.F.
Fotos adicionais podem ser vistas aqui. (Fotos tiradas por Carlos Gonçalves e manipuladas por Caroline Lucena)


Pois é, desde os primórdios nós nos deparamos com várias parcerias de sucesso como Adão e Eva, Moisés e Cajado, Martin Riggs e Roger Murtaugh... Mas a muito tempo eu não presenciava uma parceria tão afiada. Mr. David “Matusalém” Coverdale e Doug “Caetano Zonaro (ex BBB)” Aldrich foram feitos um para o outro. Opa! Isso ficou um pouco estranho. E é claro que também não podemos nos esquecer dos outros integrantes, o fantástico e mal aproveitado guitarrista Reb Beach, o baixista Uriah Duff, o baterista Chris Frasier e Timothy Drury nos teclados.

Em turnê do seu mais novo álbum “Good To Be Bad”, a banda realizou alguns shows em nossa terrinha. Algumas horas antes da apresentação que seria realizado aqui no rio, Eu e Mr. Coverdale batemos um papo bastante descontraído lá na birosca do Juca. Depois de algumas cervejas Coverdale me contou aventuras divertidíssimas, e comentou sobre sua obsessão por mulheres. Ele me disse que na puberdade quando era apenas uma cobrinha Albina, era muito tímido e morria de amores por uma jovem chamada Eva. Mas um belo dia ele estava dando uns bordejos pelo jardim do Éden, quando avistou sua amada caminhando. Ele tomou coragem e pulou do galho onde estava, dizendo: Eva! “Is this love that I’m feeling? This Must Be Love”, na mesma hora a menina Eva sucumbiu aos encantos do puto. O jovem Adão não gostou nada, é claro. Mas já era tarde de mais, pois quando foi tirar satisfação ele conheceu “the power of whitesnake”. Coverdale diz que foi daí que surgiu o nome da banda. Desde então ele não parou mais de aprontar.

Pois bem, vamos ao show. Com o Citibank Hall lotado a banda subiu ao palco e iniciou o show com a nova “Best Years”, que também abre o novo disco. O primeiro clássico a ser executado foi “Fool For Your Loving”, em seguida “Bad Boys” levando o público ao delírio. Bem, chegou à hora de separarmos os leões dos gafanhotos, mesmo parecendo um boneco de massa, Coverdale esbanjou sensualidade, carisma e talento. Tudo bem que a voz do cara não é a mesma, mas e daí? Ele continua arrasador em cima do palco. Agora, como se descobre quando um guitarrista é acima da média? Isso é tão simples quanto um cálculo matemático, é só somar: Técnica+ feeling+ criatividade+ carisma = Guitar Hero, e não é que o Sr.Aldrich possui todas essas características?. O desgraçado simplesmente acabou com o show, agora, é fato que Coverdale sempre teve o traseiro virado para a lua na hora de selecionar guitarristas, só é uma pena o renomado “Reb Beach” ser apenas um mero coadjuvante cumprindo o seu papel.

A próxima música do novo disco a ser tocada foi “Lay Down Your Love”, que já pode ser considerada como o mais novo clássico da banda, em seguida o momento mais esperado dos casais, a grudenta “Is This Love”. É incrível o poder que essa música tem, para todos os lados que eu olhava tinha alguém se agarrando, me senti até um pouco solitário nesse momento. Devaneios à parte o show continua com mais um petardo “Crying in the Rain”, com uma pegada animal do Sr.Aldrich. Vale destacar ainda clássicos como a energética “Give Me All Your Love Tonight”, “Here I Go Again” uma das melhores baladas da banda, “Still of the Night” e a versão acústica de “The Deeper The Love”.

Para encerrar o show de forma triunfal, logo nos primeiros acordes do mega clássico “Burn”, parecia que a casa de show estava vindo abaixo, êxtase total do público e da banda. Com o solo da música turbinado por Aldrich e mesmo mostrando alguns sinais compreensíveis de cansaço, Coverdale parecia um garoto fazendo seu primeiro show. Ainda rolou um trecho de “Stormbringer” no meio da música, simplesmente perfeito!

Mais uma vez nós fomos presenteados com um espetáculo memorável. Mesmo sendo uma banda consagrada e sem nada a provar, no final do show era perceptível à felicidade e o prazer estampado no rosto de cada integrante.









5 comentários:

Anônimo disse...

Há vezes em que o Carlos me assusta.

Anônimo disse...

muito boa essa resenha

Unknown disse...

Muito bom,excelente,criativa e engraçada.Arrasou!!!

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

ficou engraçadinha a resenha, e a voz dele ne a mesma nao, ta melhor ainda e o reb tocou muito, mas isso so quem conhece a banda percebeu, quer dizer a maioria, menos vc, mas ficou bom, parabens ainda vai dar pra um bom comediante