Gravadora: Hellion
Por Artur Henriques
Barros é um projeto capitaneado pelos irmãos Luís e Paulo Barros (baterista e guitarrista respectivamente), que são também os líderes da banda portuguesa Tarântula (provavelmente a mais antiga banda lusa de Heavy Metal ainda em atividade e uma das mais importantes).
O baixista José Baltazar (ex-Tarântula) e o vocalista brasileiro Rafael Gubert (da banda Akashic) também integram o projeto Barros. Além disso o álbum conta com a participação do guitarrista alemão Tommy Newton (seja fazendo solos ou mesmo guitarra base) em várias músicas, assim como o baixista José Aguiar (Tarântula) e do guitarrista Marcos de Ros (Akashic). É de se destacar que todos eles e mais alguns outros indivíduos colaboram com as composições e letras das músicas, fazendo com que o projeto Barros seja muito mais do que apenas uma empreitada dos irmãos portugueses.
E o que podemos esperar desse projeto? Nada mais nada menos que um Heavy Metal tradicional bastante puxado para o Hard Rock (ou o contrário se preferir). O CD começa muito bem com a dobradinha “Escape From The Lies” e “Guardian Angel” (que possui um refrão de melodia marcante).
Algo que chama a atenção logo no início são os vocais de Rafael, que estão muito mais interessantes do que eu pude ouvir com a banda de Prog Metal Akashic, estando estes muito mais “vivos” no álbum Gemini. Apesar dele não ter uma voz muito potente sabe utilizá-la muito bem em favor das músicas que interpreta.
A partir da terceira faixa (“The Blink Of An Eye”) o álbum começa a perder fôlego. Não que a música seja ruim em si mas não apresenta o mesmo vigor que as anteriores. O álbum ainda guarda alguns bons momentos, como o duelo de guitarras entre Marcos e Tommy na música “The Half Of Me”.
A produção do CD (feita por Luís Barros) é boa, mas fiquei incomodado com o timbre escolhido para a bateria, que se comparada com as guitarras ficou com o som muito “magro”. Talvez o objetivo fosse justamente evitar que as músicas ficassem excessivamente pesadas, mas acredito que acabou por não valorizar as linhas de bateria.
Em suma, Gemini é uma boa pedida para os amantes do Hard’n’d’Heavy, mas acredito que para os ouvintes casuais esse álbum irá soar demasiadamente dispensável.
Nota: 7,0.